Adunisinos existe desde 14 de outubro 1978, quando foi fundada por colegas que se preocuparam em abrir caminhos ao diálogo, à negociação e à democracia dentro da Unisinos.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Adunisinos, Sinpro-RS e colegiado da Reitoria da Unisinos reunem-se para tratar do processo de descontinuação dos PPG’s

Dando prosseguimento a nossa atuação por condições mais dignas e justas para professores e alunos cujos Programa de Pós-Graduação (PPGs) estão em processo de descontinuação, na segunda-feira (15/05), a direção da Adunisinos, representada pelo presidente, Raphael Campos, participou de uma reunião com o colegiado da Reitoria, juntamente com o Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro-RS). No encontro, foram discutidos assuntos referentes à regra de cálculo da rescisão para os docentes dos PPGs em descontinuação, como ficará a distribuição de carga horária para esses professores, a possibilidade de ser realizado um Plano de Demissão Voluntária (PDV) e a situação das turmas de ensino à distância (EAD) que excederam o número máximo de alunos estipulado no Acordo Coletivo de Trabalho.

Representando o colegiado da reitoria, estiveram presentes o procurador Dr. Felipe Barcarollo, Sandra Lissot, gerente de gestão de pessoas, Gisele Spricigo, gerente financeira, e Laura Habckost Dalla Zen, da Unidade Acadêmica de Educação On-line. Pelo Sinpro-RS, estiveram presentes o diretor, Marcos Fuhr, a professora. Beatriz Sallet e o advogado Marcelo da Silva Ott.

A discussão acerca da distribuição da carga horária dos docentes que enfrentam o processo de descontinuação dos PPGs aos quais estão vinculados ocupou a maior parte do encontro. A Adunisinos defendeu, e continuará a pleitear, que a quantidade de horas reservadas para a pesquisa seja de ao menos 24 horas semanais, para que seja preservada a qualidade dos programas e para que os professores tenham um mínimo de motivação e estabilidade, tanto financeira quanto de saúde mental, até o encerramento dos programas.

O colegiado da Reitoria sinaliza com a intenção de estabelecer em 8 horas/semana o mínimo de horas para as atividades de pesquisa, conforme for ocorrendo a diminuição da quantidade aulas e de orientandos na pós-graduação ao longo dos próximos semestres. No entanto, mesmo com essa aparente diminuição na carga de trabalho, entendemos que esse tempo é insuficiente para a realização das atividades de pesquisa, produção científica e para a execução dos projetos de pesquisa. Ou seja, a medida demandará dos professores horas de trabalho extra e não remuneradas. O Sinpro-RS, em sua representação, sugeriu um meio termo, propondo 16 horas/semana como mínimo. Nada foi deliberado em relação a esse tema.

Sobre os outros tópicos que afetam a situação dos professores dos PPGs em descontinuação também não ocorreram deliberações. Em relação a situação das rescisões, foi exigido que a base de cálculo adotado considere a carga horária de 40 horas/semanais, já que essa foi a condição na qual os docentes ingressaram na universidade. Sugeriu-se ainda que a Unisinos instaure um Plano de Demissão Voluntária (PDV), mas o colegiado afirmou que, devido à crise financeira que a instituição atravessa, não há como executar esse tipo de ação.

Por fim, sobre a questão do EAD, foi explicado que, em setembro, houve um erro na oferta de vagas, e isso provocou a inclusão de mais alunos do que foi definido no Acordo Coletivo de Trabalho. Então, afirmou-se que será feita a remuneração dos professores conforme o excedente.

Em relação a outra pauta referente ao EAD, sobre a carga horária remunerada de preparação das aulas, solicitou-se que fossem revistas a remuneração da hora/atividade, pois a tarefa dos docentes de preparação das aulas ao vivo demandam muito trabalho. Por parte do colegiado, alegou-se que o docente recebe durante todo o semestre um cálculo sobre 2 horas, porém só trabalha em um bimestre, sendo assim, a remuneração já estaria contemplada, compensando o esforço de preparação para a aula online.


segunda-feira, 8 de maio de 2023

Carta de apoio à greve dos metroviários


A direção da Associação dos Docentes da Unisinos (ADUNISINOS) se solidariza com as trabalhadoras e trabalhadores da Trensurb, que deflagraram greve de 24 horas nesta segunda-feira (8/05). A paralisação reivindica que as deliberações do Acordo Coletivo de Trabalho, aprovado pela categoria em 6 de abril, sejam atendidas pela gestão empossada no governo do ex-presidente Bolsonaro.
O Sindimetrô-RS também luta contra a privatização da Trensurb. Desde que se instaurou o processo de transição para o mandato Lula-Alckmin, o assunto tem sido tratado pelo sindicato com representantes do governo federal e, surpreendentemente, a estatal segue presente no do Plano Nacional de Desestatização (PND).
A Trensurb é essencial para o deslocamento de docentes, discentes, técnicos administrativos e demais membros da comunidade da UNISINOS. Por isso, é do nosso interesse que melhore a qualidade do serviço, o que sabemos que não ocorrerá com a venda da empresa à iniciativa privada. Em São Paulo, por exemplo, a privatização da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), assumida pela Via Mobilidade, resultou na precarização do atendimento, principalmente devido à compra de trens inadequados, que frequentemente estragam, prejudicando o dia a dia da população paulistana.
Entendemos que é necessária uma Trensurb pública, que valorize sua força de trabalho, amplie investimentos e melhore seu serviço. Também esperamos da estatal que cumpra com as reivindicações de suas trabalhadoras e seus trabalhadores, que são: paridade salarial, reajuste do vale-alimentação, revisão dos planos de carreira, manutenção do acordo de escalas, plano de saúde de qualidade e acessível a todxs, redução das Funções Gratificadas, extinção dos Cargos de Confiança e gestão democrática e transparente.
Nos colocamos à disposição para lutar junto com o Sindimetrô-RS e com as trabalhadoras e trabalhadores da categoria, para barrar a privatização e para que tenham atendidas as suas reivindicações. 

À luta até a vitória.

Contra a Privatização da Trensurb.
Por uma Trensurb estatal e sob controle das trabalhadoras e dos trabalhadores.
Pelo cumprimento do ACT aprovado em Assembleia Geral.

Direção da Associação dos Docentes da Unisinos - ADUNISINOS



 

sexta-feira, 5 de maio de 2023

ADUNISINOS participa de reunião sobre a situação dos PPGs descontinuados

Nesta quinta-feira (4 de março), participamos, enquanto representação docente, de uma reunião com a direção da UNISINOS, na qual expressamos nossa preocupação sobre a forma como a instituição está conduzindo o processo de descontinuação dos Programas de Pós-Graduação (PPG). Além da ADUNISINOS, estiveram presentes membros do Comitê de Docentes e Discentes dos PPGs, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e da Unidade Acadêmica de Pesquisa e Pós-Graduação (UAPPG). Ao fim das argumentações, decidiu-se que haverá ao menos mais um encontro, em que se buscará a construção coletiva dos critérios adotados para a alocação das cargas horárias voltadas à atividade de pesquisa.

Raphael Leite Campos, presidente da ADUNISINOS, destacou em seu espaço de fala a preocupação dos professores em relação à precarização das condições de trabalho, em especial na pesquisa, e da remuneração dos docentes, que ocorre desde o anúncio da decisão da descontinuação de 12 PPGs, ocorrida em julho de 2022. “Não queremos que a Unisinos perca a sua qualidade por falta de investimento na força de trabalho. Precisamos nos unir em prol dos nossos interesses e dos interesses da sociedade que investe em nós.” Representando os discentes, Vitoria Guasseli relatou a atual realidade dos alunos cujos PPGs estão sendo descontinuados. Conforme a pós-graduanda, o cenário é de insegurança e instabilidade para a realização das pesquisas, as perspectivas de carreira dos estudantes estão sendo negativamente afetadas e o ambiente formativo encontra-se em estado de deterioração, com disciplinas sendo ofertadas em bloco e de modo acelerado, ministradas por professores desmotivados e com outras preocupações além das aulas, já que enfrentam uma perspectiva de incerteza sobre seus futuros. A professora Monika Dowbor, do PPG de Ciências Sociais, reforçou em sua fala a sensação de abandono percebida pelos integrantes dos cursos que estão em processo de descontinuação por parte da Unisinos. Ela argumentou que os cortes mais expressivos nos investimentos já se concretizaram com a extinção dos PPGs e com o fim das 16 horas de dedicação à graduação. Além disso, afirmou que é preciso garantir o pagamento de salário integral de 24 horas para os docentes que permanecem lecionando nos cursos descontinuados, para assegurar um mínimo de proteção às carreiras e a qualidade na formação dos alunos até o final de suas formações. A direção da Unisinos esteve representada por Silvana Model, da Unidade de Finanças e Gestão de Pessoas, e Maura Lopes, da Unidade de Pesquisa e Pós-Graduação. Elas acolheram os relatos e argumentaram que os critérios para redução de carga horária estão sendo testados em rodadas individuais com alguns professores e que foram divulgados para os colegiados que poderiam contribuir. No entanto, as decisões estão sendo divulgadas pelos coordenadores como informe, sem qualquer tipo de construção coletiva, e não como algo a ser discutido pelos colegiados. Até o momento, não há qualquer articulação por parte dos decanos. Durante todo o encontro, representantes do Comitê de Docentes e Discentes dos PPG afirmaram firmemente que não está havendo uma interlocução efetiva por parte da universidade, que as tomadas de decisão em cadeia estão dificultando o diálogo e que os critérios adotados para diminuição da carga horária não estão sendo comunicados com clareza por parte da instituição. Para melhorar esse processo, o coletivo se colocou à disposição para  debater, negociar e construir em conjunto as soluções para minimizar as perdas. Haverá uma nova reunião dentro das próximas três semanas na qual se espera a ampliação do diálogo entre representantes do Comitê e da Unisinos. Um dos assuntos que seguirá em pauta é a criação de uma comissão de construção coletiva da descontinuação. Para enriquecer a construção de soluções, convidamos a todos, todas e todes discentes para responder o formulário (https://forms.gle/D6gWnvdKrm3bFaJj9) sobre o processo de descontinuidade dos PPGs. A participação é anônima e permite um espaço seguro para falar abertamente sobre os impactos e afetações que essa decisão ocasionou e ocasiona.

 

terça-feira, 2 de maio de 2023

Por mais segurança na Unisinos


Carta Aberta da Associação dos Docentes da Unisinos (ADUNISINOS) e do Diretório Central dos Estudantes da Unisinos (DCE UNISINOS) à Comunidade Universitária

Prezados membros da comunidade Unisinos, docentes, estudantes e técnicos, nós, da ADUNISINOS e do DCE UNISINOS, estamos profundamente preocupados com a crescente onda de violência nas instituições educacionais em todo o Brasil, que gera medo e insegurança entre professores, estudantes, funcionários, mães e pais. 


O Brasil vem sofrendo com ataques violentos a instituições de ensino desde 2011, com 11 ataques a escolas registrados, sendo 5 deles somente nos últimos 7 meses. Em abril deste ano, universidades da Região Metropolitana de Porto Alegre, inclusive a nossa Unisinos, também foram alvo de ameaças de ataques, deixando suas comunidades inseguras.


Nós acreditamos que é necessário agir de forma imediata para garantir a segurança de todos os membros da comunidade universitária. Por isso, propomos a criação de uma comissão permanente, composta por docentes, discentes e técnicos, para atuar na prevenção e monitoramento da segurança contra ataques. Sabemos que o campus de São Leopoldo é mais vulnerável, devido ao seu tamanho e maior fluxo de pessoas, e, portanto, é fundamental que medidas de segurança sejam reforçadas nos locais de maior circulação de estudantes, principalmente nos prédios onde ocorrem as aulas. Precisamos de mais segurança onde ocorrem as aulas, e menos segurança patrimonial, pois a vida não tem preço.


Além disso, precisamos agir com firmeza no combate aos discursos de ódio – que podem ser proferidos tanto por professores quanto por estudantes –, por meio de uma campanha institucional e de um canal específico para estas denúncias e encaminhamentos. É importante que façamos uma educação que desperte a consciência crítica, a fim de combater essa ideologia reacionária e todo pensamento atrasado, discutindo de forma ampla e aberta com toda a comunidade universitária sobre os temas socialmente relevantes. Acreditamos que a ausência de debate político abre espaço para uma cultura de extrema violência, por isso é necessário abordar todos os temas, ainda que delicados, de maneira consciente e construtiva, em sala de aula e nos canais oficiais de comunicação da Unisinos.


Concluindo, queremos reforçar a importância de trabalharmos juntos para garantir a segurança de todos os membros da comunidade universitária e para combater a violência e os discursos de ódio. Juntos podemos construir uma cultura de paz e respeito na nossa Unisinos, servindo de paradigma democrático para as demais instituições educacionais.


Associação dos Docentes da Unisinos (ADUNISINOS)

Diretório Central dos Estudantes da Universidade do Vale do Rio dos Sinos

(DCE UNISINOS)

 


segunda-feira, 1 de maio de 2023

1º de Maio, Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores



 À nossa comunidade

A diretoria da Adunisinos parabeniza a todas e todos professores neste 1º de maio, Dia Internacional dos Trabalhadores. Convidamos nossa comunidade a refletir sobre a data não pelo caráter romântico atribuído ao trabalho, como sendo uma expressão de caráter ou de qualquer outro valor moral, mas como um instrumento, por meio do qual somos capazes de fazer do mundo um lugar mais justo, inclusivo, igualitário e sustentável.


Poder de transformação, aliás, tão inerente à docência, que segue exercendo seu papel 

fundamental de educar e formar cidadãos e profissionais com capacidade de construir uma sociedade melhor. Apesar dessa importância, nossa categoria vem sendo cada vez mais alvo de ataques, tanto no que diz respeito à autonomia profissional, quanto em relação à manutenção de direitos. Ao competir pelo orçamento da educação com o ensino privado, instituições públicas e sem fins lucrativos acabam sendo submetidas à lógica neoliberal, que tem como principal objetivo mais lucro financeiro, geralmente obtido com a precarização das condições de trabalho e a diminuição da remuneração pelos serviços prestados.


Essa é uma realidade com a qual convivemos também na Unisinos. Mesmo após quase um ano da decisão que incorreu na descontinuidade de 13 Programas de Pós-Graduação, na demissão de 30 colegas e na mudança de carga horária das atividades docentes que inviabiliza a pesquisa acadêmica, nossa associação segue atuando para minimizar os prejuízos que tal movimento, realizado de forma vertical dentro da instituição, gerou à nossa categoria e ao ensino de maneira geral.


De lá para cá, buscamos dialogar com a reitoria e obtivemos vitórias em relação às condições de trabalho no EAD, as quais destacamos a regulamentação da quantidade de alunos por turma e o reajuste pela inflação na remuneração pelos materiais produzidos para este modelo de ensino. Conquistas ainda pequenas, mas que soam como um sinal de que com uma mobilização coletiva organizada e numerosa somos capazes de, aos poucos, reverter o cenário de precarização que nos tem sido imposto.


Por essa razão, convidamos todos nossos colegas a se somarem nessa jornada. Nenhum direito foi conquistado sem luta, e nenhum direito irá se manter sem lutar. Nossos canais de comunicação estão sempre abertos para o esclarecimento de dúvidas e para sugestões.